terça-feira, 5 de junho de 2018

Encerro o dia de hoje, com as seguintes palavras, das quais não pertence a poesias alheias, a minha própria poesia me basta, nos basta, digo docemente à dama da cadeira ao lado, ao marinheiro bêbado deslizante de fronte ao bar, que somente quem vive sabe e sente profundamente a dor da sobrevivência, somente quem ama reconhece o ser amado, somente a luz sabe o que há na escuridão, eu por outro lado peço emprestado as palavras de quem nada sabe assim como eu, segue errante pela vida tentando acertar. amenizando o errado, me parabenizo infinitamente simplesmente por sentir o violentar do ar em meus pulmões, meu primeiro suspiro ainda com a pele suja, sigo com a minha metamorfose rumo a certeza dos homens... lUNA rIBAKOVAS..

Quando a tarde cai...

Temos a pretensão da adolescência de que tudo será fluido e facilitado na vida adulta, de que seremos eternamente os queridinhos, assim como somos, queridinhos dos papais. passamos a adolescência olhando para fora, pensando num futuro, nos tornamos adultos, ainda olhando para fora, culpando outros por nossas trágicas escolhas.


Chega um dia que olhar para fora, não mais é suficiente, escapar de tanto, de tudo, escapistas do presente...

Como? Sempre nos perguntaram, o que seriamos quando crescêssemos? o que queríamos de natal? de aniversário, sempre o futuro, se prepare hoje para o amanhã, agora me vem dizer que é preciso olhar para dentro? Aqui dentro tem um cérebro confuso, um coração pulsante, descoordenado, incomodado, meio doente, meio ferido, meio exausto...as respostas? O tempo, ele põe tudo no lugar, ou esquecemos com o tempo, de quem éramos, e passamos a ser, olhando o presente contemplamos no agora o momento exato da mudança, deixa a dor entrar, mande-a sentar, dê-lhe um chá, escute-a...ela te faz mais humana, traz a luz que recria o ser necessário a cada época da vida...

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